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Igreja em Rede: Terça-feira da V Semana da Páscoa – “Dou-vos a minha paz” (Jo 14, 27-31a)

Igreja em Rede - formato diocese

Liturgia de Terça-feira da V Semana da Páscoa

Comentário à liturgia de hoje pelo Padre Álvaro Lago, SDB, pároco “in solidum” de São José – Setúbal

A Palavra de Deus deste dia continua a envolver-nos na alegria da Ressurreição através das grandes maravilhas que Deus faz acontecer em tantas pessoas e em tantos lugares diferentes, como podemos constatar nos textos.

No Evangelho percebemos que a Ressurreição, como ato infinito de Graça do Pai, é a marca do Seu Amor para com Jesus. E porque Jesus cumpre a vontade do Pai, anuncia a experiência de Ressurreição como o dom mais elevado que se pode imaginar, que lhe oferece o único “lugar” em que faz sentido existir: “se me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai.”

Bem vistas as coisas, Jesus ao falar da Sua ida definitiva para o Pai, cria-nos a noção que a Ressurreição é algo “arquitetado” pelo Pai para glorificar o Filho e, assim, exaltá-Lo diante de todas as criaturas. Esta é “A Maravilha” de Deus.

Para que possamos “tocar” este Mistério de Vida pela própria experiência vivida de Jesus, parece que Ele nos quer serenar. Ou seja, para que não fiquemos tristes, sem sentido, medrosos e até incrédulos, Jesus deixa-nos um dom, o da Paz. E com esta Paz, convida a que os nossos corações não se perturbem. Afinal de contas, Ele estará connosco e voltará. Sabemo-lo bem. O Senhor Jesus Cristo, vive para sempre e, ao mesmo tempo, sabemos que nos acompanha espiritual e sacramentalmente.

Esta alegria da Ressurreição e da certeza de Jesus entre nós, projeta-nos para o mundo. Projeta-nos para fora de nós. É um “mandato” de Jesus que nos tem de fazer “missionários” para os outros. Sinais claros e visíveis da Vida Nova de Ressuscitados de que já beneficiamos.

Nesta medida viveram Paulo e Barnabé, como nos relata a primeira leitura. Homens incansáveis. Parece que não havia tempo a perder. Daqui para ali. Aceitando o sofrimento das injúrias e maus tratos, mas alegrando-se por viverem nessa condição, em nome de Jesus. Criando e fortalecendo comunidades. Instruindo irmãos para assegurarem a Fé. Rezando ao Senhor por eles. Que testemunhos! Mas significam exatamente esta grandeza da presença e do impulso que o Espírito Santo cria neles, após a Ressurreição de Jesus. Deixaram-se embeber do Senhor e não mediram forças, nem pensaram duas vezes… Simplesmente foram. Perceberam que era preciso sair deles mesmos e viver para os outros, oferecendo o que de melhor tinham: Jesus Cristo Vivo.

Procuremos viver disponíveis para sermos tocados e impelidos pelo Espírito Santo, para mostrarmos ao mundo, como rezamos no Salmo, o quanto amamos o Senhor Ressuscitado e o quanto amamos a glória do Seu Reino.

Neste dia do mês de maio, véspera do nosso querido dia 13, em que nos juntamos como povo português à volta da Senhora de Fátima, espelhemos as nossas vidas Nela para aprendermos a amar a Palavra do Senhor e peçamos a Sua intercessão para sermos ecos da bondade do Seu Filho Jesus em nós,

Padre Álvaro Lago SDB

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12 de Maio de 2020