comprehensive-camels

A Palavra do Papa: a mão de Jesus estendida, Líbano e Hiroshima

20200812-a-palavra-do-papa

O Papa Francisco lembrou, na oração do Angelus deste domingo (9 de agosto), que, “quando sentimos forte dúvida e medo, e parece que afundamos, não devemos ter vergonha de gritar, como Pedro: ‘Senhor, salva-me!'”. Na alocução, o Sumo Pontífice recordava a passagem do Evangelho em que Jesus “caminha sobre a água do lago”.

“A barca à mercê da tempestade é a imagem da Igreja, que em todas as épocas encontra ventos contrários, às vezes com provas muito duras: pensemos em certas perseguições longas e ferozes do século passado e, também hoje, em algumas partes. Nesses tempos, pode existir a tentação de pensar que Deus nos abandonou. Mas, na realidade, é precisamente nesses momentos que resplandece ainda mais o testemunho da fé, do amor e da esperança. É a presença de Cristo Ressuscitado na sua Igreja que dá a graça de testemunhar até o martírio, do qual brotam novos cristãos e frutos de reconciliação e paz para o mundo inteiro”, salientou.

Como no caso de Pedro, que tinha medo de afundar, podemos às vezes ficar assustados e abalados pelo medo, mas “Jesus é a mão do Pai que nunca nos abandona; a mão forte e fiel do Pai, que sempre e só quer o nosso bem”.

Apelo para um mundo livre de armas nucleares

O Papa assinalou a semana passada o 75.º aniversário dos bombardeamentos atómicos de Hiroxima e Nagasáqui. O Sumo Pontífice recordou “com comoção e gratidão” a viagem apostólica ao Japão em 2019, onde teve oportunidade de conhecer os locais afetados pelas duas bombas atómicas.

“Renovo o convite a rezar e a comprometer-se para um mundo totalmente livre de armas nucleares”, disse, da janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do Angelus.

Numa mensagem enviada ao governador da província de Hiroshima, o Santo Padre saudou os sobreviventes do hibakusha, termo japonês que se refere aos que sobreviveram à explosão atômica, e reiterou que somente sem armas nucleares o mundo pode aspirar à paz.

Em oração pelo Líbano

No final da Audiência Geral de quarta-feira, 5 de agosto, o Papa Francisco fez um apelo em prol do Líbano, após as explosões ocorridas, na região portuária de Beirute, capital do país, que causaram dezenas de mortos e milhares de feridos.

“Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso e, com a ajuda da comunidade internacional, superar a grave crise que está a atravessar” pediu o Papa na sua mensagem.

JM (com recursos Vatican News)

Partilhe nas redes sociais!
12 de Agosto de 2020