A Diocese de Setúbal despediu-se hoje do Padre Rodrigo Mendes, após a sua partida para a Casa do Pai na passada quinta-feira, 9 de novembro. O Bispo diocesano, Cardeal D. Américo Aguiar, presidiu à Eucaristia na Igreja de Santa Maria (Barreiro) repleta de familiares, amigos, sacerdotes, diáconos e fiéis leigos.
Na homilia da celebração, D. Américo Aguiar dirigiu, antes de mais, uma palavra a todos os padres presentes: “Hoje damos graças a Deus pelo Padre Rodrigo Mendes, mas quero também deixar a minha gratidão, oração e homenagem por aquilo que vós, padres, fazeis. Vivendo cada dia, semana, mês e ano de dificuldades, com todos os problemas, injustiças e perseguições, seguis com a alegria no coração, fiéis à nossa missão e vocação. Dou graça a Deus por todos e cada um de vós, por essa vida dada, todos os dias, para dar testemunho de Cristo Ressuscitado.
Lembrando a última visita que fez ao Padre Rodrigo Mendes aquando do seu último internamento no Hospital de Santa Marta deu graças pela sabedoria, dom de Deus, que teve oportunidade de testemunhar junto dele e que muitos experimentaram ao longo dos anos:
“Vi, nas redes sociais, muita gente a agradecer ao Padre Rodrigo uma palavra, um gesto, uma presença, uma decisão. Em momentos diferentes da vida, um sacerdote é alguém que é farol, é referência que ajuda a levantar, a fazer caminho, que ajuda a esclarecer a vocação e que está presente a caminho com o seu povo. Estamos tristes e choramos pela separação física, mas temos a certeza que o Padre Rodrigo regressou à Casa do Pai porque, quem morre em Cristo vive com Ele.”
D. Américo Aguiar terminou a homilia recordando que toda a vida terrena é caminho de preparação para o Céu: “Preparamo-nos a vida toda para este encontro com o Senhor, face a face com ele. Pedimos que o Padre Rodrigo, junto de Deus, interceda por cada um de nós para que, um dia, possamos ter também nós esse encontro pleno com o Senhor. Colocamos no coração de Deus a nossa gratidão e o pedido de bênção a Deus por aquilo que o Padre Rodrigo nos ensinou para que, quando chegar a nossa hora, o Senhor nos acolha de braços abertos e misericordioso”.
Ao terminar a celebração, uma das irmãs do Padre Rodrigo Mendes deixou a sua gratidão à comunidade paroquial que acolheu o sacerdote em 2014, bem como a todas as entidades eclesiais e civis que, ao longo do período de doença do sacerdote foram seus cuidadores.
Lembrou, ainda, o desejo do Padre Rodrigo Mendes para o seu falecimento: “O nosso irmão era um homem de Deus, da contemplação, do afeto e pediu especificamente, que gostaria de ser cremado no crematório da Quinta do Conde, vislumbrando a Serra da Arrábida porque, dizia ele, ‘aquele é um lugar que sempre me fez pensar em Deus; um lugar de contemplação onde eu encontro Deus’.”
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