No Montijo celebrou-se no passado dia 29 de Junho a Festa de S. Pedro, de que um dos pontos altos foi Procissão marítima de São Pedro. Pela primeira vez, o Notícias de Setúbal acompanhou a imagem num dos barcos que integrava o cortejo, e que transportava as entidades convidadas.
O dia era de sol e muitos foram os que na tarde de dia 29 de Junho partiram em direcção ao cais da Base Aérea (BA6) passando pelo cais do Seixalinho, onde várias embarcações se juntaram e esta original romaria. Este ano, a utilização de um catamarã da Transtejo fez com que mais de três centenas de pessoas pudessem acompanhar a procissão marítima desde o início. Uma viagem longa até à base, na qual se pôde contemplar a beleza do estuário do Tejo, com os flamingos em voo rasante às embarcações.
A viagem, apesar de tudo, teve um pequeno contratempo, pois a maré enganou e o barco das autoridades convidadas acabou por encalhar, nada que não se resolvesse depressa com a perícia do Mestre Zé Maria. Este, também Presidente da Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense, um dos rostos da organização desta romaria marítima, não escondia, apesar do contratempo, a sua alegria pelas as boas condições para a organização desta iniciativa e pela quantidade de pessoas que aderiu.
«Procissão única»
O Notícias de Setúbal aproveitou para falar com Maria Amélia Antunes, Presidente da autarquia, que se referiu a esta procissão como uma «representação do viver e do reviver de tradições de largas décadas, que em cada ano se renovam, e que tem que ver com a forma que os montijenses vivem estas festas». «Uma procissão única no belo estuário do Tejo», declarou.
Na BA6, o Pe. Carlos Rosmaninho, Pároco do Montijo, aguardava para colocar a imagem de São Pedro na embarcação e seguir na procissão marítima. Com o som das buzinas das embarcações, a procissão seguiu o seu rumo ao Cais das Faluas, para assim que pôs os pés em terra, seguir pelas ruas do Montijo até à Igreja Matriz, onde já muitos fiéis enchiam o templo, entoando cânticos de louvor ao Padroeiro dos Pescadores.
Bruno Máximo Leite