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Obra do Bom Pastor em passeio a Elvas

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No passado domingo, 27 de maio, realizou-se o habitual passeio anual, da comunidade do Seminário Maior de S. Paulo, e cerca de oitenta membros da Obra do Bom Pastor, desta feita com destino a Elvas. Foi um agradável convívio entre todos.

Ao chegar à referida cidade património mundial, o dia procedeu com uma visita guiada ao Forte de Santa Luzia, mandado erigir em 1641 por El-Rei D. João IV, após a restauração, com vista à defesa da cidade de Elvas e do Reino. Foi seu principal mentor o jesuíta Cosmander que o concebeu com fortíssimas muralhas viradas a toda a campanha mas, com fraco murete virado à cidade.

Esta fortificação levou sete anos a construir e ficou com capacidade de albergar 300 homens, 37 peças de artilharia e dois pedreiros de grosso calibre, que serviam para cuspir saraivadas de pedras sobre os invasores.

De salientar que este Forte, juntamente com as demais fortificações do seu sistema defensivo, durante a batalha das Linhas de Elvas resistiu com sucesso ao pesado sítio que lhe foi imposto, de 22 de outubro de 1658 a 14 de janeiro de 1659, pelo exército espanhol sob o comando de D. Luís de Haro, sendo que só durante a 1.ª invasão francesa o forte foi ocupado por forças invasoras, tendo-se mantido inviolado em todos os outros conflitos em que se viu envolvido.

Nada na nossa vida deve rivalizar com o espaço e tempo que damos a Deus

Depois deste momento cultural que a todos agradou, seguiu-se o almoço, que, como não podia deixar de ser, estava embebido na gastronomia alentejana, e foi igualmente vivido com muita amizade e partilha. Seguidamente, partindo do castelo, seguiu-se num agradável passeio até à Igreja da Sé onde se iria realizar a celebração da Eucaristia, cume da visita, neste Domingo, Solenidade da Santíssima Trindade. O momento foi vivido com especial devoção e abertura ao Espírito Santo.

O Vice-Reitor do Seminário, Padre Carlos Silva, na homilia fez questão de sublinhar que ali se encontravam marcados pelo Espírito de adoção filial pelo qual exclamamos “Abá, Pai”, que S. Paulo recordava, na segunda leitura. O Senhor é um Deus cioso que reclama para si a centralidade de quem o segue, não admitindo que se venerem outros deuses, nem tão pouco que, no caso do casal, por exemplo, ambos possam querer tomar-se reciprocamente como o centro das atenções.

Nada na nossa vida deve rivalizar com o espaço e tempo que damos a Deus, a quem temos que ter e seguir sempre em primeiro lugar. Frisou ainda que o cristão deve procurar viver marcado pelo dinamismo trinitário do Pai, Filho e Espírito Santo, com a certeza de que Deus estará sempre presente até ao fim dos tempos.

Quanto à questão musical, houve muita sublimidade por parte dos seminaristas e organista que executaram os cânticos com alma e rigor melódico e harmónico.

Comunidade do Seminário e Obra do Bom Pastor, uma verdadeira família

À saída da igreja, para a posteridade, foi tirada uma fotografia em grupo. E assim terminou a visita nesta terra do Alto Alentejo, com mais um passeiozinho, pela zona histórica, até aos autocarros, de onde se regressou a Almada.

Todos sentiram ter sido um dia cheio e que ficou com certeza na memória. É muito agradável a realização deste tipo de iniciativas que junta a comunidade do seminário à Obra do Bom Pastor, com quem formam uma verdadeira família marcada pela oração e ajuda fraterna.

É assim que se procura dar cumprimento ao Evangelho: “A multidão dos que tinham abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma” (Atos 4, 32). É com esta mentalidade e convicção que se constrói a Igreja e se dá testemunho do sentido verdadeiro do cristão, manifestado nas virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade.

José Almeida Raposo

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31 de Maio de 2018