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Palmela: Bispo de Setúbal presidiu às exéquias de Luís Rosindo, copiloto do INEM

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O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, presidiu esta tarde, na Igreja de São Pedro, em Palmela, às exéquias de Luís Rosindo, copiloto do helicóptero do INEM que se despenhou na tarde do passado sábado.

A Diocese de Setúbal une-se, assim, ao pesar nacional, por esta e pelas outras vítimas do acidente, e louva os inúmeros profissionais que dão a sua vida ao serviço do bem comum e daqueles que mais precisam.

Numa breve palavra dirigida aos presentes nas exéquias de Luís Rosindo, D. José Ornelas disse: “Saúdo-vos, a todos, na dor que nos é comum. Aos pais, namorada, familiares e amigos, às instituições e associações a que o Luís pertenceu e estimou, à Força Aérea Portuguesa, à Autarquia, ao representante do senhor Presidente da República, mas, de um modo especial aos seus colegas do INEM que são, para todos nós, nos momentos de necessidade, uma presença fundamental”.

“Foi nesse momento – disse o Bispo de Setúbal – auxiliando os que mais precisavam, que ele concluiu a sua vida. Hoje, esta Igreja-mãe de Palmela acolhe o seu filho Luís Rosindo, como Maria acolheu o seu filho Jesus, descido da cruz. Acolhemo-lo, no valor que representa, no exemplo que nos deixa, mas também na esperança que aqui se celebra”.

D. José Ornelas destacou ainda que, nesta hora de dor, é também sentido o desafio que o piloto Luís Rosindo deixa: “Vale a pena voar, vale a pena sonhar, vale a pena dedicar-se – afirmou – este mundo tem que ser dado aos que têm coragem, força e capacidade de sonhar um mundo melhor. Um mundo de solidariedade e um mundo onde se voa, para ir ao encontro de quem mais precisa”.

“Sentimos todos uma grande dor, mas também um grande orgulho e o desafio que nos deixa – sublinhou o Bispo –  Que o piloto Luís, voador e sonhador, hoje nos diga do melhor que tem a nossa sociedade e o nosso país, naqueles que abdicam e dão o seu tempo, o seu saber e as suas capacidades para que este mundo possa ser melhor. O seu sonho sobrevive a ele próprio. São pessoas assim que fazem um mundo melhor. Deus, certamente, é Aquele que o acolhe, não para pôr fim aos seus voos, mas para alargá-los a uma dimensão que, sozinho, nem ele nem nós podemos ter”.

Nascido e criado em Palmela, Luís Rosindo, 31 anos, partilhava a paixão do voo com o ciclismo. Na juventude fez parte da equipa de BTT do Quintajense, em Quinta do Anjo. Alistou-se na Força Aérea Portuguesa em 2006, onde esteve até 2015, altura em que ingressou na licenciatura de desporto no Instituto Politécnico de Setúbal. Em 2016 entrou para a empresa de transporte aéreo Babcock MCS.

AS

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19 de Dezembro de 2018