“Levanta-te” foi o convite lançado aos catequistas no seu encontro diocesano, realizado no passado domingo, dia 9 de fevereiro, no Santuário de Cristo Rei.
“Todos nós somos chamados à JMJ”, foi deste modo que o Padre Rui Gouveia, diretor do Secretariado Diocesano da Catequese, iniciou o dia que foi, de modo especial, dedicado à preparação da Jornada Mundial da Juventude.
Integrar os catequistas neste caminho eclesial até ao maior evento juvenil do mundo foi o propósito do Dia Diocesano que reuniu centenas de catequistas no Pavilhão de Nossa Senhora do Rosário, em Almada. Segundo o Padre Rui Gouveia, “Levanta-te”, mais do que o mote escolhido pelo Papa Francisco para os jovens, é a missão da catequese: “fazer os meninos e meninas levantarem-se.”
“É sempre um dia muito belo, onde reencontramos catequistas de outras paróquias, partilhamos um pouco daquilo que tem sido feito nas nossas “casas”, e em que trazemos sempre algo de novo para partilhar” avalia o catequista Pedro Correia, da Paróquia do Imaculado Coração de Maria, em Vale Figueira.
“É tão bom ver no rosto dos nossos irmãos de caminhada, o entusiasmo e a alegria a Anunciar Cristo. E mais, Nosso Senhor mostra-nos neste dia o quão a nossa criatividade pode ser estimulada quando temos um único propósito, o de Levar o outro ao encontro de Cristo!”, acrescenta o jovem catequista.
O programa foi recheado de apresentações dinamizadas pelos catequistas das diferentes vigararias com o intuito de conhecer melhor a Jornada Mundial da Juventude, em especial as primeiras cinco edições (1986 em Roma, 1987 em Buenos Aires, 1989 em Santiago de Compostela, 1991 em Czestochowa e 1993 em Denver).
Durante a manhã, houve ainda espaço para dois workshops: o primeiro para catequistas da infância dedicado à pré-catequese e um segundo para catequistas de adolescência sobre catequese projetual.
A Igreja precisa de “catequistas missionários”
O Bispo de Setúbal, que presidiu à Eucaristia, incentivou os catequistas a serem mais “catequistas para os de fora”. Explicando as palavras do Evangelho do dia (Mt 5, 13-16), D. José Ornelas refere que “O Senhor chama os catequistas a construir “uma Igreja cada vez mais missionária” para que seja “sal e luz no mundo”.
“Benditos sejam porque acolheram a Palavra de Deus e dispuseram-se a partilhá-la” disse D. José Ornelas aos catequistas, classificando o seu trabalho como um “desafio” e um “fundamento da Igreja” porque tudo “começa com o anúncio da Palavra de Deus”.
“O catequista sabe que dá a sua vida, o seu tempo, o seu esforço, o seu saber, dá tudo: e depois percebe que ainda é pequeno. É por isso fundamental pedir a Deus que ilumine o nosso coração para que possamos ser luz na vida das crianças e jovens” sublinhou o prelado diocesano, que pediu aos catequistas proximidade, credibilidade, preparação e testemunho de vida.
D. José Ornelas sublinhou a importância dos pais como primeiros catequistas e a preocupação que os catequistas devem ter em fazer das crianças catequistas, para levar a Palavra na escola, nos grupos de amigos e na família.
Reconhecer o mérito e o serviço
No final da Eucaristia foram distinguidos os catequistas que concluíram o Curso Geral de Catequese, bem como os que completaram 25, 50 e 60 anos de missão catequética:
- 25 anos: Maria Emília Caretas, Beatriz Geraldes Ginja, Ana Cristina Páscoa, João Paulo Nunes e Fernanda Castro;
- 50 anos: Maria Teresa da Silva (Irmã Franciscana), Maria Alice Alves da Silva (Irmã Salesiana) e Maria de Fátima Ferraz (Irmã Franciscana)
- 60 anos: Maria de Lurdes Paiva Barral
“O Dia do Catequista’20 foi mais uma vez prova viva de que não temos uma catequese “adormecida”, de que não temos uma catequese que se recusa a LEVANTAR e SAIR DO SOFÁ, porque continua a existir a VONTADE e a ALEGRIA em levarmos às nossas crianças e jovens o encontro com Cristo”, conclui o catequista Pedro Correia.
JM