O bispo diocesano presidiu à Missa da Noite de Natal, na Sé de Setúbal. Para o prelado, o Natal “não ignora nem esconde as sombras” mas aponta para Aquele Menino que é “aurora de novos dias e luz de novos caminhos”.
Na homilia, D. José Ornelas lembrou que este é o segundo Natal vivido em contexto de pandemia para a qual a liturgia de Advento e Natal aponta caminhos que “semeiam em nós o sentido da esperança e da alegria, segredando-nos que é possível um amanhã melhor; que Deus nos acompanha mesmo nos momentos mais escuros e dramáticos, fazendo brilhar a sua luz no meio das trevas”.
O fundamento dessa esperança é que Deus mesmo veio para o meio dos nossos dramas, tornou-se parte das nossas esperanças e trouxe luz para as nossas sombras. Ele fez-se um de nós.”
“O Natal – elabora o Bispo de Setúbal – não ignora nem esconde as situações de sombra, de sofrimento e de desconforto, de injustiça e violência, mas insere-se no meio delas, para abrir caminhos e criar atitudes de regeneração, de reconstrução e de futuro renovado”.
Aponta o prelado que o desafio que Deus nos coloca é que cuidemos do Menino, “que traz consigo o dom e o sonho para uma nova humanidade” e que é precisamente “cuidar daqueles que são frágeis” que constitui o “caminho para mudar o presente e assegurar o futuro: é o caminho do Natal.”
O Natal convida-nos e ensina-nos a sermos jardineiros da vida, da felicidade, da esperança, da fraternidade solidária, de um futuro melhor para todos.”
“Como José e Maria, somos convidados a não fugir das dificuldades que este tempo de pandemias comporta, mas também a não deixar dominar e sucumbir por elas. É assim que podemos dar solidez e força à esperança, acolhendo e cuidando com alegria, no meio da noite, d’Aquele Menino, daquela fragilidade, que é aurora de novos dias e luz de novos caminhos para o futuro”, realça.
“A todos desejo a Ternura e a Força, a Alegria e a Esperança, do Natal do Senhor!” concluiu.
JM
Fotos: Diogo Machado