Com o dia do Padroeiro, dia 20 de janeiro, começaram as festas de S. Sebastião, tendo tido o seu ponto alto no dia 22, por ser domingo. Desde logo com uma procissão que parte do Bairro Santos Nicolau e que vai reunindo os fiéis até à Igreja de S. Sebastião, onde decorreu a eucaristia, não só com os seus paroquianos, mas em comunidade alargada, também juntando os paroquianos da Igreja da Boa Hora e do Coração de Maria.
Com todos os grupos, celebrou-se S. Sebastião e fez-se a festa do quarto catecismo, passando depois a um almoço comunitário nos claustros da igreja, em que se partilharam alimentos e conversas e seguidamente decorreu um evento musical “Gente da Gente de S. Sebastião”, que contou com diversas participações musicais, juntando elementos da paróquia, actuais ou antigos jovens e escuteiros e ainda a prestação de familiares de gente ativa na paróquia.
Logo no início do evento, o Pe. Casimiro Henriques, Pároco de S. Sebastião, deu as Boas Vindas enquanto anfitrião, agradecendo a presença de todos, congratulando-se por ver reunida toda a comunidade à volta do seu Padroeiro.
Também António Melo pelos Amigos da Paróquia referiu que “Intitulámos este evento das festas do Nosso Padroeiro “Gente da Gente de S. Sebastião”. A melhor forma de festejarmos o dia do nosso padroeiro é reunirmos a nossa gente, a nossa comunidade e em conjunto o celebrarmos”… “ Por fim e primeiro que tudo, dar Graças ao Senhor pelo incentivo, estímulo e apoio do Padre Casimiro pelo muito que tem levado a cabo nas múltiplas áreas da vida da Igreja de S. Sebastião. O nosso obrigado, Pe. Casimiro!”
O primeiro participante foi precisamente o Coro de S. Sebastião, que tem a missão de animar a eucaristia das 11.30h aos Domingos. Atualmente, tem à volta de dezoito elementos e seis instrumentos, onde se juntam vários setores da comunidade, como catequese, escuteiros, leitores e acólitos. Em dias festivos, como é o caso, para além do órgão, junta-se o coro da Paróquia do Coração de Maria, filha nascida de São Sebastião, que tem actualmente treze elementos e anima a eucaristia das 10h de Domingo, numa igreja nova para uma comunidade nova. O coro foi renovado e alargado pós pandemia e quiseram todos os elementos, representados por Ricardo Mendes que dirige o coro, homenagear as quatro coralistas Dulce Oliveira, Esperança Cruz, Conceição Ruivo e Sónia que, de uma forma persistente se mantiveram ao longo de toda a pandemia e as três primeiras se mantêm no coro ao longo de quase quarenta anos. Foram oferecidos ramos de flores e muitas palmas.
No final da sua atuação, os dois coros cantaram o hino das Jornadas Mundiais da Juventude, em uníssono com os jovens que percorriam a igreja com os símbolos das JMJ até junto do Altar, enquanto o jovem Vasco Gonçalves ia precisamente explicando o sentido dos símbolos e fazendo apelo aos voluntários e famílias de acolhimento.
Participou depois um grupo de escuteiros das várias secções do Agrupamento 59- Escuteiros Terrestres, após uma breve descrição da sua história por parte de Isabel Melo. Disse que corria o ano de 1934 quando um grupo de homens, confiantes num projeto recente na Igreja e na sociedade portuguesa – o CNE – resolveu juntar-se e desafiar a juventude setubalense com a força do ideal que estava subjacente àquele projeto. Foi, portanto, em 28 de Fevereiro de 1935, pela autoridade da assinatura do Comissário Nacional, D. José de Lencastre, que foi constituído o Grupo 110 (Frei Agostinho da Cruz), da Paróquia de S. Sebastião, em Setúbal – o primeiro na Região de Setúbal – o que significou uma manifestação de confiança por parte dos responsáveis nacionais do Escutismo Católico e conduziu ao nascimento do Movimento nesta cidade. Daí derivou anos mais tarde o Agrupamento 59, que muito orgulha S. Sebastião pelo marco histórico que foi para o escutismo na cidade.
Seguidamente ao sorteio de um cabaz, começa uma segunda parte com a participação de Luís Pires no órgão de tubos. É oriundo da paróquia de Corroios pertencente à vigairaria do Seixal. Atualmente é na paróquia Nossa Senhora da Paz no Casal do Marco, também pertence à vigariaria do Seixal, onde toca órgão em todas as missas dominicais. Tocou algumas peças, principalmente salmos muito tocados nas nossas igrejas, embora algumas menos conhecidas.
A sua formação académica é formação musical grau 3 no curso de produção musical, assim concluído em 2018, na escola profissional de imagem, em Lisboa. Desde pequeno que adora música, sendo que, no ensino básico na escola era um dos melhores da turma tendo o melhor aproveitamento em sala e na disciplina. Vem de famílias de músicos e daí o seu gosto pela música. Fez um agradecimento muito especial ao pároco da paróquia de São Sebastião, Padre Casimiro Henriques pelo convite proposto.
A última participação e para encerramento do evento musical foi do grupo de guitarras duo SinTempo, formado pelos guitarristas setubalenses Maria Beatriz de Oliveira e Francisco Canteiro, que durante muitos anos foram escuteiros na igreja de S. Sebastião. Aí, se conheceram bem antes do seu percurso musical, mas foi no Conservatório Regional de Setúbal onde partilharam os primeiros palcos. Seguiram para o ensino superior em Universidades distintas, onde se formaram na área da performance e do ensino. No ano de 2022 reuniram-se novamente, já enquanto profissionais, para o recital de lançamento do Duo SinTempo no Festival Internacional de Música de Setúbal. Após o primeiro espetáculo o duo foi convidado a participar na cerimónia de abertura do ano-letivo 2022/2023 do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e encontra-se, atualmente, a preparar as próximas apresentações.
O Pe. Casimiro fez os agradecimentos finais e o Coro, juntamente com todos os presentes, cantaram com muita alegria o Hino de S. Sebastião.
Isabel Melo, Paróquia de São Sebastião