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Futuro

Autoestrada

“O Futuro a Deus pertence” é adágio com que a esmagadora maioria dos que despendem algum tempo a ler esta coluna concordará.
Contudo, esta expressão de providencialismo, por mais expressiva que seja da fé dos homens, não deve levar a uma inércia na preparação do que aí vem.

 

 

“O Futuro a Deus pertence” é adágio com que a esmagadora maioria dos que despendem algum tempo a ler esta coluna concordará.

Contudo, esta expressão de providencialismo, por mais expressiva que seja da fé dos homens, não deve levar a uma inércia na preparação do que aí vem.

O livre arbítrio, bem assim como a leitura dos sinais, mais ou menos evidentes, com que deparamos, deve alertar-nos para que criemos as condições de modo a que os tempos se tornem propícios.

O próprio Deus, feito Homem, adverte muitas vezes que a preparação do futuro deve ser uma preocupação permanente, pois o Ladrão vem quando menos se espera, ( (1Ts 5.2,4; 2Pe 3.10; Ap 3.3; 16.15) e a esposa deve esperar o noivo com a candeia acesa (Mt 25, 6). Se assim é quando não há sinais evidentes, mais deverá ser quando os há.

Em qualquer organização deve-se preparar o futuro o melhor que se pode com os dados disponíveis, e não se deve ter pejo em propor soluções, alternativas, ou pessoas, ainda que pareçam intempestivas, desde que visem acautelar os tempos vindouros.

Tome-se o caso do CNE diocesano. É um movimento fortíssimo, de gestão complexa e exigente, com mais quatro milhares de associados em quase meia centena de paróquias. A preparação do futuro num movimento como este não pode ser pensada em cima do acontecimento. Todos são chamados a preparar o futuro e, na verdade, todos os dirigentes são responsáveis por prepará-lo adequadamente.

Aproximam-se a passos largos as eleições regionais. Importa, primeiro que tudo, garantir que as mesmas se realizam em tempo adequado, nem que para isso seja necessário antecipar o calendário eleitoral.

Depois, mais importante que tudo, há que encontrar novas pessoas para conduzir esta Região no seu caminho que se pretende de excelência.

Se há algo que se pôde constatar nos últimos três anos é que há muitos com vontade de mostrar como se deve fazer, há muitos que têm uma imensa força e iniciativa e que agora, finalmente, podem canalizar para o bem comum, no leme dos destinos do movimento.

Todos aqueles que contribuíram com as suas ideias, as suas propostas, as suas críticas ou mesmo aqueles que silenciosamente foram congeminando formas de tudo ser melhor, têm agora, mais do que o direito, a obrigação de dar o passo em frente e mostrarem como se faz.

A riqueza do movimento gera por si só excelentes cabeças, excelentes braços e excelentes equipas que orgulharão o escutismo e que dignificarão a diocese.

A todos nós cabe-nos apoiar os que têm a coragem de avançar e a todos o que se comprometem a dar três anos das suas vidas para o bem comum na fidelidade à Diocese e ao prelado.

Seria mesmo ideal que surgissem dois ou mais projectos para que houvesse debate e participação, para que houvesse troca de ideias, que houvesse complementaridade e seguramente a solução encontrada a final seria sempre mais enriquecida.

Importa que se dê o passo em frente, que haja o merecido render da guarda, o passar de testemunho e o mostrar a todos que esta mina que é a Região de Setúbal tem muitos recursos, é quase inesgotável na qualidade e que, seguramente, quem vier fará melhor do que os anteriores pois beberá das experiências vividas e dos erros cometidos.

Lembramos mais uma vez o Papa polaco, “Não tenhais medo, abri, ou antes, escancarai o coração a Cristo” avancemos ao seu serviço.

 

Rui Pinto Gonçalves

Chefe Regional

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04 de Abril de 2011