No passado domingo, dia 27 de maio, o Jardim do Bonfim, na cidade sadina, encheu-se de finalistas do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), com os seus familiares e amigos, para a celebração de Eucaristia de ação de graças pelo seu percurso académico, e para a bênção das pastas. O Bispo da Diocese, D. José Ornelas, presidiu à celebração, acompanhado do Padre Leonel Neves, que assumiu, este ano, a responsabilidade da Pastoral Universitária de Setúbal.
“Este é o fim de um período importante e decisivos nas vossas vidas – disse D. José Ornelas aos finalistas do IPS – As vossas famílias e os vossos professores deram-vos todos os recursos para vos preparar para a sociedade. Agora, o que recebestes, é para dar de volta, para pôr a render”.
O Bispo de Setúbal afirmou que, muito além daquilo que é a obtenção de um diploma no final de um percurso académico, os finalistas devem procurar soluções para as dificuldades que, todos os dias, batem à porta.
“O grande sucesso da vossa formação académica será medido pela vossa capacidade de fazerem os outros felizes, no exercício das vossas competências. Este mundo está nas vossas mãos. Não fiquem simplesmente a vê-lo passar e sejam parte das soluções que temos que encontrar para as dificuldades que estão à nossa porta”, sublinhou o Prelado.
D. José Ornelas referiu ainda: “Esta bela cidade onde estudastes, com tantas potencialidades, com o rio e a serra, tem um histórico de crises económicas e sociais que estão bem à vista. Este mundo precisa do vosso saber, mas precisa muito do vosso coração, do vosso desejo de bem, da vossa misericórdia, do vosso humanismo. O saber tem que se traduzir numa capacidade de cuidar mais”.
No final da Eucaristia, a Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Professora Doutora Ângela Maria de Lemos, disse aos finalistas que, ao longo do tempo em que ali se formaram, as cinco escolas do IPS procuraram dar “instrumentos para uma participação ativa na sociedade”.
Presente na celebração esteve também a Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, que formulou o desejo de que o caminho destes novos finalistas não seja tão duro na inserção do mercado de trabalho, como foram para os finalistas nos últimos anos, nomeadamente no que se refere à falta de emprego e a precariedade nos vínculos laborais.
“Esperemos tudo isto mude radicalmente, para que possam ter direito a fazer tudo aquilo que merecem – afirmou a autarca – e não se esqueçam de colocar as vossas competência ao serviço da solidariedade, do humanismo e dos afetos”.
Anabela Sousa