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“Nas diferenças, há muito em comum”: Visitas Pastorais à vigararia de Palmela/Sesimbra encerraram com Conselho Vicarial

No passado dia 2 de Fevereiro, na Igreja de São Pedro, em Palmela, teve lugar o Conselho Vicarial de Jovens de Palmela/Sesimbra. Integrado na Conclusão Vicarial das Visitas Pastorais do Bispo diocesano às paróquias daquela Vigararia, estiveram presentes, neste conselho, os jovens representantes das 6 paróquias que a integram.

O Conselho teve início com a leitura da passagem dos Discípulos de Emaús, que é o fio condutor do documento final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

De seguida, em jeito de reflexão, D. José Ornelas partilhou com os jovens presentes a atualidade da experiência daqueles discípulos no caminho de Emaús, que, desalentados após a morte de Jesus, se afastavam da comunidade, julgando que o sonho tinha terminado. Ao encontrarem o Senhor e ao perceberem que Ele jamais os deixaria, depressa correram de regresso para partilharem a Boa Nova com os outros.

Foi com esta inspiração que os jovens presentes foram depois convidados a partilharem com todos os seus sonhos para a igreja e as características das suas paróquias. Desde logo puderam perceber que, nas suas diferenças, havia também muito em comum: algum desalento e afastamento dos jovens depois do Crisma, o sonho de ver a Igreja com mais jovens, que conheçam e se encontrem com Cristo, que sejam protagonistas e com o seu lugar.

De seguida, primeiro em pequenos grupos e depois em plenário, os representantes puderam então discutir e partilhar, com mais pormenor, a realidade vicarial, o que sonham enquanto jovens e o que passos podem dar em conjunto para tornar realidade esses sonhos.

Das conclusões deste conselho, que foram depois apresentadas na Eucaristia de envio, destacam-se as seguintes:

  • vontade comum de trilharem um caminho de interconhecimento dos jovens da Vigararia, de criarem um sentido de unidade e de pertença a algo;
  • necessidade de formação para os jovens, particularmente para os representantes de cada paróquia, em temas de liderança e aprofundamento da fé;
  • concretização desse objetivo através da marcação regular de encontros vicariais de jovens – os representantes ao conselho vicarial mas também alargados a todos os jovens;
  • a realização frequente do Conselho Vicarial de jovens, precedido da realização do conselho de jovens em cada paróquia, havendo uma ligação entre estes dois órgãos de participação juvenil.

Departamento da Juventude da Diocese de Setúbal

Setúbal: Diocese procurar criar espaços que aproximem os jovens

O bispo da Diocese de Setúbal considera que é “fundamental criar espaços convidativos” para os jovens dentro da Igreja, falando no encerramento da visita pastoral que fez à Vigararia de Palmela/Sesimbra.

As comunidades “fazem esforços” para terem os jovens presentes, mas têm “poucas ofertas” para eles, disse D. José Ornelas à Agência ECCLESIA.

Perante estes dados, a Diocese de Setúbal pretende “revitalizar” a presença da juventude nas comunidades.

O primeiro passo é criar um “conselho de jovens na comunidade”, até se chegar a “um conselho de jovens diocesano”, frisou o bispo sadino.

Para o bispo de Setúbal é essencial promover “as iniciativas dos jovens” e a “sua capacidade de criar”.

A catequese tem de levar “a caminhos” e “não apenas a uma lição de mais conceitos”, referiu D. José Ornelas, para quem os jovens têm de ser “protagonistas da mudança” da Igreja e da comunidade onde vivem.

As novas tecnologias são – nas palavras do bispo de Setúbal – essenciais “para a nova evangelização”, todavia “não substituem o fazer caminho juntos”.

Para a coordenadora do Secretariado da Pastoral Juvenil da Diocese de Setúbal, Inês Baptista, a dinâmica do “biénio da juventude” neste território eclesial surgiu como uma consequência do Sínodo dos Bispos que teve como tema a juventude, em outubro de 2018, no Vaticano.

A aplicação nas paróquias das conclusões sinodais é essencial para que os jovens tenham “mais espaço e protagonismo” nas comunidades.

Os jovens “não são o futuro da Igreja, mas o presente”, sublinhou Inês Baptista.

Agência Ecclesia

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09 de Fevereiro de 2019