A Diocese de Setúbal tem uma nova Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde. D. José Ornelas convidou os membros da equipa recém-criada a serem “anunciadores de esperança” e, tal como Jesus, dizerem ao irmão frágil “Levante-te e caminha”.
A celebração de envio da nova equipa da Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde decorreu esta segunda-feira, 18 de outubro, na Igreja de São Paulo em Setúbal, presidida pelo Bispo Diocesano e concelebrada pelo Padre Luís Ferreira, Vigário Episcopal da Pastoral, e pelo Padre José Pires, sj, assistente do Hospital Garcia de Orta.
Na homilia, o bispo diocesano anunciou que este “núcleo de irmãos e irmãs é enviado para organizar o serviço da caridade em favor daqueles que estão mais fragilizados”, ajudando-os a “ultrapassar o mal, a fragilidade e o drama da doença com esperança”.
Reconhecendo a importância deste serviço pastoral, D. José Ornelas realça que os doentes são quem mais precisa de sentir a misericórdia de Deus pelo que é necessário, e a Igreja precisa, “daqueles que ajudam a viver com dignidade, ajudam a encontrar caminhos”.
“É o que somos chamados a fazer como Igreja”, acrescenta, lembrando que a missão da Pastoral da Saúde não substitui o trabalho dos profissionais de saúde.
“É para servir no meio do ambiente em que se procura a cura física, que se deve procurar a luz, a cura espiritual. Precisamos dos hospitais, mas precisamos de toda a cura. Por isso, é preciso que a Igreja ajude a fazer este caminho”, afirma.
“Não se esqueça!”
O prelado lembrou um encontro recente com uma mãe de duas crianças com perturbações do foro mental e que dizia precisar da ajuda da Igreja para fazer caminho.
“Não se esqueça” dizia ela. D. José Ornelas partilhou com a equipa esta responsabilidade, de criar “novos modos de estar”. “Dentro da sensibilidade e das capacidades de cada um, têm que ajuda a Igreja a ser mãe”, exortou o bispo diocesano.
O Bispo de Setúbal partilhou ainda a sua preocupação com os profissionais de saúde, cujo trabalho “criativo e resiliente” durante a pandemia o impressionou. Alertou para a fragilidade destes profissionais, alguns em “burnout” (esgotamento) e que “ainda não conseguiram recuperar “do excesso do trabalho, da perda da energia, da falta dos contactos e do afeto”.
“É para isso que estamos cá: para seremos anunciadores de esperança, curadores da alma como foi Jesus que diz “levanta-te e caminha”. Há mais caminho para a frente”, referiu.
Para D. José Ornelas, “a Pastoral da Saúde é a pastoral do Evangelho, é a pastoral da Esperança. É a pastoral que nos faz realmente encontrar o coração de Deus que nunca nos abandona, especialmente quando nos encontramos mais necessitados d’Ele. Coragem!”
Constituição da equipa da Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde
- Ana Paula Gato (Presidente)
- Carla Rocha
- David Alves
- José Filipe Ribeiro
- Luísa Santana
- Maria de Fátima Dias
- Maria dos Anjos Garcia
- Tatiana Alves
- Pe. José Pires, sj (Assistente)
JM