Dia 18 de Dezembro celebra-se o Dia Internacional dos Migrantes decretado pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Já no mês passado o observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas e outras Organizações Internacionais em Genebra, dom Balestrero, falou na 114ª Sessão do Conselho da Organização Internacional para as Migrações, destacando que precisamos de “um diálogo mais estruturado entre os Estados de onde os migrantes vêm, transitam e se estabelecem” para “desenvolver uma governança humana mais respeitosa e integral da migração”. Destacou também a urgência de um esforço comum para eliminar as causas da migração forçada: guerras, perseguições, pobreza e mudanças climáticas.
De acordo com o Relatório Mundial de Migração 2022 da OIM, o número de pessoas que vivem em um país diferente de seu país de nascimento em 2020 é de quase 281 milhões, apontou o núncio apostólico, acrescentando que no ano passado “novas crises como a guerra na Ucrânia e desastres naturais no Chifre da África causaram deslocamentos em massa”. (Fonte Vatican News).
Lembremos as palavras do Papa Francisco na sua mensagem para o 109º dia mundial do migrante e refugiado em Setembro de 2023: “«Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36). Estas palavras soam como admoestação constante para reconhecermos no migrante não só um irmão ou uma irmã em dificuldade, mas o próprio Cristo que bate à nossa porta. (…) O percurso sinodal, que empreendemos como Igreja, leva-nos a ver, nas pessoas mais vulneráveis – e entre elas contam-se muitos migrantes e refugiados –, companheiros de viagem especiais, que havemos de amar e cuidar como irmãos e irmãs”.
Tânia Moreira, coordenadora do Secretariado Diocesano da Pastoral das Migrações
Foto: Ricardo Perna