1. Introdução
Convidamos-te a tomar atenção ao sentido que vem do nosso paladar…sentido esse muitas vezes pouco valorizado. St. Inácio nos seus Exercícios Espirituais diz-nos que: “Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear internamente as coisas.” Saborear os alimentos, através do paladar pode ajudar-nos a aprender a saborear as coisas da vida por dentro, saborear a presença e o cuidado para com os nossos irmãos e irmãs.
A passagem do Evangelho, que vais escutar, convida-te a saborear e a dar sabor aqueles que se encontram contigo.
2. Palavra [Mt 5, 13]
Vós sois o sal da terra. Mas se o sal se tornar insípido, com que se salgará? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens.
3. Pensa nisto
Durante o dia, cai na conta de todas as vezes em que utilizas o sentido do paladar (a comida, a bebida, etc.), se é algo que fazes mecanicamente ou se realmente “saboreias”, deixando-te tomar pela surpresa e pelo assombro que é ter consciência do sabor que têm as coisas, as pessoas, os acontecimentos do quotidiano.
Toma tempo, para sentir por dentro aquilo que Deus te oferece ao longo do dia… e os convites que Ele te vai fazendo, para que tu também possas dar sabor à vida de tantos homens e mulheres, que se encontram sem esperança.
4. Desafio com sentido
Ao longo desta semana propomos-te que procures a receita de um bolo e que o confeciones. Ao fazeres o bolo toma consciência que através desse gesto procuras dar sabor às pessoas que estão à tua volta… o amor que tens por aqueles que te rodeiam, pode traduzir-se em gestos simples como esse de confecionares um bolo e de o partilhares com a tua família, vizinhos ou amigos.
5. Oração com sentido
Termina este tempo de pausa, dando graças ao Senhor pelo dom que é poder saborear as coisas por dentro…
“Obrigado pelo sentido do gosto (paladar), pelos meus gostos concretos e os sabores que posso distinguir e tenho a sorte de provar. Obrigado pela criatividade plural dos sabores, pelas diferenças de gostos. Obrigado pela comida cristã, pela tua Palavra narrada como Boa Notícia à volta da mesa.
Não deixes que a minha língua se torne amnésica, não deixes que me sacie e me farte. Acompanha-me nas tentações consumistas e absolutistas. Ensina-me a partilhar e a não corar por comer com qualquer pessoa só porque o é. Ensina-me a olhar com carinho e esperança os meus recursos e a confiar na sua capacidade multiplicadora, a pensar em termos de levedura que apodrecendo fermenta, de partilha que subtraindo multiplica…”
(Mercedes Navarro)
Pai Nosso…
“Verão com Sentido”: itinerário de verão para os jovens em podcast