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Ordenações Diaconais/D. Gilberto dos Reis: “Vão servir esta Palavra que é a Palavra que Jesus nos deu no alto da Cruz: morrer para que os outros vivam”

O dia 16 de julho é sempre dia de festa: Festa de Nossa Senhora do Carmo, é o dia da criação da Diocese. Este ano, o Bispo Emérito de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis, regressou a Setúbal para ordenar dois diáconos que se preparam para o ministério presbiteral: Diogo Machado e Telmo Nunes, em formação no Seminário Maior de São Paulo, em Almada. A Sé de Setúbal encheu-se para testemunhar este momento.

Na sua alocação inicial, o Administrador Diocesano, Padre José Lobato, recordou o 48ºaniversário da criação da Diocese de Setúbal: passados quase 50 anos, a Diocese continua porque Aquele que a protege, que a ilumina, que a encaminha não passa, não morre, é o Senhor Jesus Cristo que está sempre conosco e que nos dá sinais do seu amor, por cada comunidade”.

“Hoje temos conosco o nosso segundo Bispo, D. Gilberto Canavarro dos Reis, que nos recorda o passado mas também nos projeta para o futuro, na esperança que o IV Bispo de Setúbal chegue em breve”, acrescentou.

“Gostaria de agradecer ao Senhor Administrador Diocesano o convite que me foi dirigido, e manifestar a alegria que me dá ver esta igreja sempre resplandecente de fé, esperança e caridade” disse o Bispo Emérito de Setúbal.

“É o Senhor quem nos congrega e hoje vai continuar a dar uma alegria a esta Igreja ao consagrar como diáconos dois dos Seus filhos, o Telmo e o Diogo. Peço que me acompanheis ao longo desta celebração, percebendo que é Deus que nos envolve”.

“A palavra de Deus é para nós um encanto. Quando Deus fala não quer outra coisa senão revestir-nos da Sua santidade” iniciou assim D. Gilberto dos Reis a sua homilia.

“Na primeira leitura de hoje, o Senhor dizia-nos que a Palavra dele é como a chuva: não volta a subir sem primeiro ter regado a Terra e também a Palavra de Deus desce sobre os homens e as mulheres e cumpre a sua missão. Todos os homens e mulheres, que não estão aqui por acaso, estão aqui porque desde o início da criação foram escolhidos para serem filhos de Deus, Santos imaculados em Cristo Senhor para serem membros vivos desta Igreja, Corpo de Cristo, como hoje se diz, a igreja sinodal. Desta Igreja que a ser testemunho da beleza de Deus diante de todo o mundo”, explicou o prelado.

Fotos: Diocese de Setúbal

O Bispo Emérito de Setúbal afirma que podemos acolher ou recusar a Palavra de Deus mas que ela está dita. “Precisamos de aprender cada vez mais a ler a Palavra de Deus com encanto” avançou, “não só ouvi-la mas depois meditá-la profundamente com o encanto de quem se descobre naquela Palavra que Deus que envolve no Seu amor, que tornaram a Igreja testemunha d’Ele no mundo”.

Sobre o Evangelho sustenta que a Palavra precisa de ser acolhida. Em São Mateus, com a Parábola do Semeador, Jesus quer questionar-nos: porque é que a Palavra de Deus não é tua?

Ser Igreja, acolhendo ser testemunhas de Deus no mundo, precisa que a Palavra de Deus seja acolhida profundamente, vivida profundamente. É o que nos diz esta Palavra tão bonita do semeador, que semeia louco por semear, por nos fazer sentir o amor dele.”

D. Gilberto dos Reis afirma que esta Palavra é uma riqueza que nos transforma, mas para isso é preciso que cada homem e cada mulher escute esta Palavra na sua liberdade, fazendo com que “os nossos critérios se acertem nos critérios de Deus: às vezes nós acertamos os critérios de Deus pelos nossos. Fica mal”.

“Caros diáconos, jovens que vão ser ordenados diáconos, vão servir esta Palavra que é a Palavra que Jesus nos deu no alto da Cruz: morrer para que os outros vivam. Estão pronto para morrer para que outros vivam? É a Palavra de Deus que vai até ao fim no ministério ordenado. Está sempre ao serviço da Palavra de Deus mas desta Palavra que tem solos, que tem cheiro de luz.”

“Com gestos de Jesus na Cruz, esta Palavra gera esperança, gera comunhão na Igreja, fazem da Igreja um Sacramento, um sinal para o mundo inteiro, salvação para o mundo inteiro, Igreja onde cada um de nós conta desde o mais pequenino o maior”.

A ordenação diaconal

O momento da ordenação de um novo Diácono revela-se de alguns gestos concretos. Em primeiro lugar, os diáconos fizeram a sua promessa, a que se seguiu a súplica litânica com o canto das Ladainhas, enquanto os eleitos estavam prostrados.

Depois, o Bispo diocesano impôs, em silêncio, as mãos sobre os ordenandos e rezou a oração de ordenação. Após este momento, os novos diáconos são revestidos com as vestes diaconais (a estola pendida sobre o ombro esquerdo e a dalmática) e receberam, em seguida, o livro dos Evangelhos.

Os dois jovens foram ordenados diáconos em ordem ao sacerdócio, sendo que deste modo vão continuar a sua formação para que possam futuramente ser ordenados presbíteros.

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JM

Fotos: Diocese de Setúbal

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16 de Julho de 2023